sexta-feira, março 29, 2024
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Mercado interno em ascensão

fazenda_tilapiasO Sebrae divulgou este mês o Estudo Setorial da Aquicultura no Brasil, um documento inédito que mostra o panorama da atividade com os números de produção, os desafios para os produtores e as principais ações da instituição. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil ocupa a décima segunda posição na produção aquícola mundial. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção aquícola brasileira foi de 476,5 mil toneladas em 2013, uma taxa de crescimento de 56% nos últimos 12 anos. Já as exportações estão em queda desde 2003, quando as remessas ao exterior somaram 107,8 mil toneladas. “Isso se deve ao aumento no consumo interno de pescados pelos brasileiros, uma vez que a produção nacional cresce e as importações também”, explica Newman Costa, analista do Sebraeque está à frente dos projetos de Aquicultura e Pesca.

As importações nacionais saltaram de 144,4 mil toneladas em 2003 para 383,3 mil toneladas em 2013, um incremento de 165% que evidencia a potencialidade do mercado interno. O consumo per capita de peixe pelo brasileiro é pequeno, hoje está na casa dos 14 quilos por habitante ano. O número ultrapassa os 12 quilos recomendados pela FAO, mas tem espaço para crescer. Segundo o estudo do Sebrae, em 1999 o brasileiro comia 6,25 quilos de peixe por ano; em 2011 passou para 11,17 quilos, um aumento de 81%.

Mundialmente, o consumo per capita de peixe é de 18 quilos por habitante ano. Por aqui, as proteínas mais consumidas são: carnes bovina e de frango, ambas com 41,8 quilos por brasileiro por ano e carne suína, com 15 quilos. Mas o mundo está de olho na dobradinha: potencial do mercado doméstico e reservas de água doce. Prova disso é o projeto de US$ 51 milhões da Tilabras, uma parceria entre uma das maiores produtoras de tilápia do mundo, a americana Reagal Springs, e a brasileira Mar & Terra, uma das empresas do grupo Axial.

Trata-se de um projeto de longo prazo que começará com uma produção de 25 mil toneladas de tilápia por ano e prevê chegar a 100 mil toneladas até 2020. No momento atual, a empresa está pedindo à União concessão para explorar a superfície fluvial do rio Paraná, o lugar escolhido para abrigar o cultivo. Se tudo correr como o planejado, em breve 20 milhões de alevinos de 30 gramas cada serão transferidos para as gaiolas de aço no rio Paraná, de onde devem sair seis meses depois com quase um quilo.

Fonte: Globo Rural

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